domingo, 6 de dezembro de 2009

Os Substitutos


Uma das coisas que mais sinto repulsa é quando alguém se compromete a tecer críticas a obras cinematográficas e começa a vomitar algo do tipo: “A interpretação foi seca e sem expressão” ou “O filme não tem uma boa direção” ou “Um roteiro sem pé nem cabeça e que deixa a desejar na elaboração do enredo” ou “Filme feito somente para divertir sem maiores pretensões, o que dispensa sua audiência”. O que tenho vontade de dizer (ou gritar) para essas pessoas que devem é ir tomar na pupila do olho esquerdo (claro que a vontade é outra), porém, respeito as tais opiniões (sim, opiniões). Portanto, meus caros, EU também vou escrever sobre filmes também, AH PORRA!!!

Iniciarei com um bem recente, chamado Os Substitutos (Surrogates/2009). Filme com Bruce Willis (the motherfucking Willis!) e homem que é homem “tem que” gostar de filme de com o Bruce!!! Sobre o filme em si, o mesmo é um filme de ficção científica com ação absurda (é um filme com Bruce, o que esperariam?). A história trata de robôs (não, não diga!) que substituem humanos (eita, não pode ser!). Que original não é? Aí é que está o ponto, o filme não quer ser original e em nenhum momento pretende isso. Pois bem, o enredo (olha eu falando em enredo) é algo que prende atenção sim, apesar de achar que já tive oportunidade de ter visto coisas muito semelhantes em outros filmes.

No futuro, abordado na película, os humanos ficam em suas casas deitados e conectados a robôs que fazem tudo o que estes mesmo humanos deveriam fazer por conta própria. Trabalhar, trepar, dançar e até, pasmem, usar drogas. Meio doideira, não é? Não esqueçamos de que falo de um filme com Bruce Willis...Então, como sempre aparecem os grupos de resistência contra a tecnologia e outros clichês que o gênero “pede”. Posso até dizer em alguns (muitos) momentos lembrei muito de Gamer (outro filme meio louco, mas legal pra cacete!) com o lance de controle de outro corpo à distância, pessoas que fingem ser o que não são. Aí está o ponto crucial. Fingir o que não se é. Esse foi um dos motivos que me levou a falar deste filme. Li uma crítica que falava que o filme não presta, que é muito superficial, que é uma salada de outros filmes, que Willis está ultrapassado (blasfêmia!), que robôs estão ultrapassados (besteira, pois nem C3PO saiu de moda, nerds uni-vos!!!). A “filosofia” do filme é esta: Mostrar que a impessoalidade é algo que está à nossa cara (paradoxalmente)! Vivemos em frente a um monitor e “falamos” através de um teclado. Falamos o que queremos e podemos ser quem queremos. Pude perceber bem esse ínterim no filme, na verdade não existirão robôs de fato, pois estes já existem e talvez um esteja escrevendo estas palavras. E aí? Sim ou Não? Estamos por conta própria. Assista e entenda o que eu quis dizer nas última palavras.

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