segunda-feira, 14 de dezembro de 2009


“Ando So I Face The Final Curtain”. Esta frase da música My Way encaixa-se como uma luva (estilo Ace Ventura) neste exato momento (um dia qualquer de dezembro às 1:30 da manhã). Sabe quando temos a impressão de que já fizemos tudo o que tínhamos que fazer? Que tudo parece não fazer sentido? Acho que muita gente sabe disso. O cansaço da vida vai transformando-se em algo voraz que consome todo o resto.

É algo como uma supernova que vai crescendo e depois engole tudo em forma de um buraco negro. Este cansaço pode vir a qualquer idade que se tenha. É o cansaço de tornar-se sempre um problema para alguém, cansaço mental, cansaço carnal. Estou com muita fome! Preciso deixar livre o caminho das pessoas! Está escuro. Diante dos meus olhos, tudo está escuro. Sinto tonturas, mas elas não me impedem de escrever (escrever eu consigo, viver...não sei). Essas insanidades que escrevo não são algo de momento melancólico ou misantropo, mas são constatações internas e externas (estou cansado de que as pessoas me digam que eu tenho um dom de magoá-las).

Acabei de assistir a um filme maravilhoso, o Moon. Perfeito! A solidão torna-se necessária a quem merece. Por merecimento, talvez eu seja condecorado com a medalha de honra ao mérito por estar condenado ao mais visível ostracismo. Não tenho posses materiais e as espirituais vão definhando-se calmamente como a batida de um coração moribundo. O que há mais para viver? Bem, muitas coisas, diriam. Será? Não, isso não é uma ode ao suicídio, mesmo por que existem vários tipos de morte. Já cortei os pulsos da minha sensatez a um bom tempo atrás, minha simpatia já foi envenenada, meu bom-senso já pulou de uma ponte, minha capacidade de sentir pena já está enforcada, minha compaixão esfaqueou-se, minhas forças para seguir tentando procura de todas as maneiras uma forma de dar cabo de sua existência, boa sorte a elas...Hoje dormirei com as janelas abertas...

Um comentário:

Anônimo disse...

Deus te ama!!!
Eu também te amo!!!

Lidinha