quarta-feira, 9 de setembro de 2009

FUEL


Em pensamentos somos postos diante de tramas perniciosas de artifícios de lamentáveis magnitudes. O fechamento de olhos que simboliza a morte (tão esperada morte) é perfeito. Nossa preferência por viver é insana (o que não é insano?). Em nossa individualidade encaixamo-nos nas multidões sem ter para onde ir ou pelo menos olhar. O ideal seria vivermos como Eric Cartman, sem preocupações com os outros e imediatistas ao extremo mortal. Seríamos desprovidos de remorsos ou qualquer coisa do tipo. Porém, Cartman é somente um caractere do imaginário de dois cérebros geniais, somos humanos o bastante para não alcançarmos o garoto anti-semita. Viver não é algo com sentido. Vozes em nossos ouvidos são disparates da mais alta nobreza, moral e ética de comportamentos. Risível! Escritos antigos, como a Bíblia, e ultramodernos, como Mangás (é assim que se escreve?) orientais são repletos de preceitos e regras deontológicas. Somos prescritos e proscritos. A liberdade é ilusão mesmo em pensamento. Será que as convicções são realmente prisões, como nos disse um homem Röcken? É um caso a se pensar... A existência em um plano newtoniano é clara e simples e aí reside o problema. Por sermos simples demais, não conseguimos ter uma abstração mais completa e concisa das diversas realidades circundantes. Nossa insignificância ferrenha é fruto de nossa ignorância. Reduzimos Deus à imagem humana (quanta “galinhada”, poderia dizer Lévi-Strauss) e se Ele tiver senso de humor, o que achamos que tem, deve rir muito. Deus é o vento, e o vento não tem forma. Deus, por ser incompreendido e saber disso, é complacente com nossos atos estúpidos e reducionistas (Deus cabe em um livro?). Não sabemos nem se merecemos tamanha “abertura de braços” (entre aspas mesmo). Princípios nossos são derrocadas da humanidade. O fim está próximo, o Filho voltará (ele foi?) e seremos salvos de nós mesmos, pois é somente disso que precisamos, o resto já nos foi dado.

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